Meus Poemas - Tumblr Posts
Sinto que há muitas pessoas que querem falar, mas poucas que querem ouvir.
Achamos sempre que teremos mais tempo, que haverá mais dias. Mas o tempo não espera; ele simplesmente se esvai.
Era como se eu estivesse em busca de algo que só poderia ser encontrado na minha própria mente.
Receber uma mensagem, é ser lembrado?
Ganhar flores, é ser apreciado?
E serenatas, é ser admirado?
Não quero ser mal interpretado,
Mas não é mais desejado ser verdadeiramente amado?
E mesmo que não esteja mais por aqui, escrita, música, poesia, arte e amor serão tudo em que eu já vivi.
Nem me importaria de me afogar com você. Mas você salvou a si mesmo(a) e me deixou para afundar.
Era uma vez um coração despedaçado,
Buscando se curar,
Viu o amor de tantas formas,
Mas nunca um que lhe fizesse acreditar,
Ao andar de porta em porta,
Tardou a aprender,
Que ainda batia, como o céu ao alvorecer.
Pensei até ser amor, mas decidi analisar. Amor não te machuca, nem te faz duvidar.
És tão essencial quanto o luar sobre as ondas do mar, o vento que se põe a sussurrar, o sol que nasce para curar, e o arco-íris que no céu nos faz sonhar.
Estou na parte mais profunda do oceano,
E não há ninguém para ver,
O quanto estou submersa,
Observo-me afogar,
Braços pesados,
E olhos fechados,
Alcancei o fundo.
Será que algum dia emergirei?
Parece que fitei o céu por uma pequena eternidade, como se tudo que eu mantinha dentro de mim só pudesse ser compreendido ao olhar para a lua, como se ela conhecesse os segredos de todos e guardasse alguns dos meus também.
Mil sepulturas
— Eu olharia para além de mim mesmo, pensou ele. — Ficaria em silêncio por alguns longos minutos, fitando o chão sob meus pés, e então levantaria lentamente a cabeça. Meus olhos começariam a lacrimejar, e, à medida que isso acontecesse, as lágrimas começariam a brotar. Tentaria, sem sucesso, enxugar cada uma delas. Eles ficariam vermelhos, minha voz falharia em alguns momentos, meus ombros se curvariam, meus joelhos cederiam, e alguém me abraçaria. Finalmente, seria como retirar mil flechas cravadas em meu peito.
— “Não, ouça: não estou realmente triste; estou apenas cansado. Às vezes, eu não quero sentir nada; só desejo poder desacelerar as coisas, mas não sei como—ou se isso é até possível. Isso me deixa esgotado, em silêncio e completamente exausto. Eu durmo, mas ainda acordo cansado, como se já tivesse vivido mil vidas, percorrido mil milhas, cavado mil buracos e enterrado mil corpos. Ou, como se eu mesmo fosse o cadáver, enterrado em mil sepulturas com mil pessoas chorando por mim.
Fui feita para andar pelos campos, me perder entre mil girassóis,
Admirar o céu ao raiar do dia e ao cair da noite.
Confessar meus desejos à Lua, enquanto me rendo às florestas infinitas.
Sentir o vento dançar em meus cabelos,
Deixar-me levar pelo brilho do horizonte sem fim,
Para ser livre, me sentir verdadeiramente em paz, enfim.
meus olhos nunca presenciaram algo tão genuinamente magnífico quanto a desordem de imperfeições mais perfeitas que é você.
gostar platonicamente de alguém é mentalmente desgastante de tantas maneiras. sinto-me exausta mesmo sem ter feito nada que exigisse muito de mim. a sensação é que tem uma pedra enorme entalada na minha garganta, e ela impede que eu possa falar e me livrar da pressão em meus ombros. é tão incômodo pensar constantemente em alguém, ansiando saber se o sentimento e a obsessão são recíprocos. tenho a sensação de que estou afundando, e todos os membros do meu corpo estão cansados demais para que eu sequer consiga mexê-los.
às vezes, eu gostaria de ter o poder de obliterar certos sentimentos inconvenientes.
minha querida, tempestade
acho que essa é a primeira vez que lhe escrevo uma carta, peço que compreenda minha total desorientação e falta de tato com as palavras, e com sinceridade, peço que não caçoe dos meus mais sinceros sentimentos por ti.
minha doce e inigualável tempestade, sinto tanto a tua falta, do teu barulho que afaga o âmago e beija com ternura meu mais íntimo sentimento. hoje senti tua falta mais do que em qualquer outro dia desde que partiu da minha vida, sinto falta da solitude e completude que tu sempre me trouxe com todos os seus trovões e relâmpagos, e também sinto falta do doce barulho que tu fazia ao cair sobre meus telhados.
desde que você se foi não faço ideia de qual estado meus telhados tem, acho que agora tem buracos em vários deles porque sempre que faz sol demais eu consigo ver os fechos de luz atravessando os cômodos, eu acho incômodo, bastante inconveniente que não seja mais tu sob meus telhados e sim aquele céu enjoativamente azulado.
gostava tanto da desordem que tu trazia a minha praia, do caos que se tornavam os meus jardins, com folhas, e galhos e flores curvando-se para seu vento impetuoso. já não cabe mais em meu peito a saudade, e é por isso que decide escrever esta pequena carta para ti, para que saiba que sentirei sempre a tua falta, até os fins dos tempos, e por favor, não se esqueça que tu é a minha tempestade e que se não entenderem o que tu é, não se aflija e nem tenha medo de ser odiada porque em mim e em toda minha essência tu sempre serás amada.
se resolveres voltar para mim em algum verão, saiba que fará dessa pobre ilhota com cabanas e jardins a mais feliz de todas.
com todo carinho,
tua ilhota de veraneio, que anseia por tua volta.
Dor e amor, amor e dor
os dois nascem do ardor.
os dois crescem facilmente pelo calor.
e eu?
eu espalhei tanto amor, que bom…
pisquei e virou dor.
eu renasço de forma incandescente, como pequenas partículas de cinzas que caem do cigarro aceso pela calçada fria. eu me faço reverberar pelas ondas sonoras que viajam na velocidade da luz, do doce timbre dela para tocar seu coração.
você me sente em todos os seus átomos, a todo instante, a cada batida do seu coração.
eu corro fresca e suave pela brisa que vem do oceano e balança seu cabelo, beijando seu rosto como toques de borboleta, enquanto você olha as ondas quebrarem da ponta do penhasco. eu vago em todos os seus pensamentos de esperança, em todos aqueles que são fervorosos e que você só tem coragem de se aprofundar quando já é tarde da noite e as estrelas pintam o céu como respingos de tinta branca em tela preta.
você vê através de mim e tem medo de ficar, porque você nunca conseguiu acreditar na coisa apavorante e quente que aperta seu coração.