Literatura Clssica - Tumblr Posts
Drácula, Bram Stoker
Drácula é um romance estruturalmente epistolar, ou seja, o livro é composto por cartas, diários, notícias de jornais e correspondências. Durante a narrativa, acompanhamos a história de Jonathan, Mina, Lucy, Arthur, Quincey, Dr. John Seward, Van Helsing e, é claro, do enigmático Conde Drácula. Cada uma das personagens tem seu respectivo ponto de vista e é por meio deles que acompanhamos a trajetória desse grupo tentando derrotar o vampiro.
No início do livro, vemos Jonathan a caminho do castelo de Drácula, na Transilvânia. Essa trajetória é sombria e misteriosa, e não fazemos ideia do que pode acontecer. Pouco depois de chegar ao seu destino e ser acomodado no castelo, Jonathan começa a perceber que é na verdade mais um prisioneiro do que um hóspede, e que o educado Conde Drácula não é o que parece ser.
O suspense deixa o livro instigante e as descrições são tão realistas que pude imaginar as cenas com perfeição. O clima sombrio, as paisagens obscuras, o castelo rodeado por neblina e as tempestades dão ao livro uma verdadeira atmosfera de terror.
As personagens tem, cada uma, suas próprias características e é fácil nos apegarmos a elas. Em minha opinião, Van Helsing e Mina são as melhores, e eu não gostei muito de Lucy. Conde Drácula é um personagem muito bem construído, sendo inspirado em Vlad Tepes III, príncipe da Valáquia conhecido como o Empalador.
O Corvo, por Edgar Allan Poe
The Raven, by Edgar Allan Poe
"O estúdio estava impregnado do rico aroma das rosas e, quando a aragem de verão agitava de leve as árvores no jardim, pela porta aberta entrava a densa fragrância dos lilases ou o perfume mais delicado do espinheiro de flores rosadas."
Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray (Capítulo 1)
Tudo o que eu queria neste momento era ter uma grande biblioteca com uma passagem secreta entre as estantes de livros...
All I wanted was to have a large library with a secret passage between the bookshelves...
"Simplesmente nunca se case, Dorian. Os homens se casam porque estão cansados; as mulheres, porque são curiosas: ambos terminam desapontados."
Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray (Capítulo 03)
"A razão pela qual todos nós gostamos de pensar tão bem dos outros é que temos medo de nós próprios. A base do otimismo é o mais absoluto terror. Nós nos imaginamos generosos por atribuir a nossos vizinhos aquelas virtudes que nos beneficiariam. Elogiamos o banqueiro por permitir que saquemos mais do que temos em nossas contas, e vemos boas qualidades no assaltante de estrada na esperança de que ele poupe nossos bolsos. Acredito em tudo que disse. Tenho o maior desprezo pelo otimismo. E, quanto a estragar uma vida, a melhor forma de fazer isso é impedindo seu crescimento. Se você quiser prejudicar alguém, trate apenas de reformá-lo."
Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray (Capítulo 4)
O Baile da Morte Vermelha, Edgar Allan Poe
O Baile da Morte Vermelha (título na edição da Darkside Books), de Edgar Allan Poe, conta uma história ocorrida há muitos anos em um país distante. A Morte Vermelha, segundo o narrador onisciente, dizimava a população de um reino. Sabe-se que a praga é horrível e, quem a pegasse, tinha o lado esquerdo do rosto e do corpo banhados de sangue, e a morte das vítimas se davam em 30 minutos. Por conta disso, era temida por todos.
"A Morte Vermelha há muito devastava o país. Nenhuma praga jamais fora tão fatal ou tétrica. Tinha no sangue seu avatar e seu selo - o horror escarlate do sangue. Provocava dores agudas, tonturas repentinas e, por fim, uma profusa hemorragia. As manchas vermelhas no corpo e sobretudo no rosto de suas vítimas eram os estandartes da peste, que assim os alijava de ajuda e compaixão alheias. O ataque, a evolução e o fim da doença duravam apenas meia hora."
Somente o príncipe Próspero não a temia, isolando-se em uma abadia, com mantimentos e pessoas para diverti-lo: nobres, músicos, atores e dançarinos. Passaram a viver em luxo, longe do país onde, do lado de fora, a Morte Vermelha assolava.
Todos passavam os dias despreocupados e em segurança, sem se importarem com a praga além dos portões.
Passado seis meses, o príncipe decidiu dar um grande baile de máscaras, para comemorar a forma que os nobres desafiaram o contágio. Foram distribuídas máscaras que misturavam horror com beleza, e por todos os cômodos o baile estava cheio de vida, enquanto do lado de fora o pesadelo imperava.
Porém, a Morte já estava dançando ao som dos músicos e entre os convidados, usando sua própria máscara que tanto amedrontava o príncipe.